terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O novo Buzz do Google
Desde seu anúncio no último dia 9, o Buzz, nova ferramenta do Google, tem dividido opiniões pela web. Alguns repudiam, outros mantém uma posição otimista, mas é certo que ninguém, entre os curiosos e a concorrência, ignorou o lançamento. A rede consiste numa ferramenta de usabilidade semelhante a do Twitter, em que o status é atualizado de acordo com o usuário. A diferença é que o Buzz é integrado ao Gmail e pode ser associado a outras redes, como o próprio Twitter, Flickr, Reader, Picasa, além de permitir compartilhamento de fotos e vídeos instantaneamente. O serviço foi instalado gradativamente entre os consumidores do Gmail e seu acesso é feito pelo atalho que fica logo abaixo da Caixa de Entrada.


Nos primeiros dias, ansiosos para experimentar, muitos usuários do Gmail reclamavam da demora do Buzz aparecer em suas contas. Os comentários iniciais comparavam a nova ferramenta ao Facebook e Twitter, seus maiores concorrentes, e demonstravam a satisfação das pessoas - que não gostavam de ter que abrir outra página ou programa para twittar - em poder integrar essa função ao e-mail. No caderno Link do Estadão, Rafael Cabral escreveu uma análise, comparando a nova ferramenta ao Wave, uma tentativa fracassada de rede colaborativa que acabou esquecida em pouco tempo. Para ele, o Buzz é um Wave com os pés no chão. No entanto, não foi só entre os usuários que o lançamento Buzz causou burburinho: a Microsoft fez uma declaração oficial dizendo que a nova empreitada do Google é "uma furada" e o Yahoo afirmou que já oferecia um serviço com funções similares a do Buzz - denunciando que, pelo menos, atenção o novo serviço já recebeu da concorrência.

Porém, não precisou mais de uma semana para que o Buzz começasse a criar desconforto na web. A primeira falha - e provavelmente a mais grave - aponta para a invasão de privacidade dos usuários. A ferramenta é adicionada automaticamente à conta do Gmail e o usuário passa a ser seguido e a seguir instantaneamente seus contatos de e-mail. Antes mesmo de utilizar pela primeira vez o serviço, um contato pode visitar o seu perfil e descobrir, em sua rede, com quem você conversa e troca mensagens. O Buzz não possui um controle de privacidade próprio, para isso é preciso alterar algumas configurações no perfil de usuário do Google. Por causa disso, na Flórida, já existe um processo em andamento contra a empresa por violações de confidencialidade no novo produto. As críticas ainda levantam a falta de necessidade da nova rede social que, reunindo contatos já adicionados a outros sites, torna entediante a leitura das mesmas atualizações a cada minuto. Em contrapartida, a Google já prevê mudanças para a ferramenta. Entre elas, criar uma versão desassociada do Gmail, com o intuito de não expor informações privadas dos usuários. Em todo caso, sem uma rápida reformulação, fica difícil acreditar que o Buzzi vai desbancar o sucesso de redes similares e escapar do esquecimento. Agora, é esperar para ver.

Abaixo, o vídeo de apresentação da rede:


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